Nosso Verdão

Não podemos negar que Estevão é um talento geracional, seno um jovem muito promissor do futebol brasileiro. Quando surgiu, muitos diziam que ele era ainda melhor do que o Endrick. Com dribles curtos e boa finalização, rapidamente o garoto de dezessete anos assumiu a titularidade no time do Palmeiras, conseguindo também ser o principal atleta da equipe. Na última temporada, muitos brincavam que a tática palmeirense era jogar a bola no Estevão para ver o que iria acontecer. Pois bem, completando dezoito anos, Estevão encerra sua passagem pelo Palmeiras, indo jogar no Chelsea. Com muitos questionamentos fica a dúvida se Estevão irá fazer falta ao time alviverde.

Dois anos depois de vencer o último torneio estadual, a equipe do Palmeiras volta a vencer o campeonato Paulista, no início de uma nova década, que representava bastante para o futebol brasileiro. Pela primeira vez, a Copa do mundo seria em nossa nação e isso movimentou muita coisa no futebol brasileiro. Seguindo o mesmo formato dos anos anteriores, o torneio reunia os doze melhores times do Estado, e uma sistema de disputa de turno e returno, e aquele que fizesse mais pontos, se tornaria campeão, premiando a equipe mais regular do campeonato.

Quem assiste futebol hoje em dia não sabe o que era o futebol e o mercado de transmissões esportivas nos anos noventa e inicio de dois mil. Atualmente é possível assistir qualquer partida que se queira ver, sempre existe uma opção e um streaming para transmitir a partida do nosso time de coração. Mas as coisas não eram assim quando eu tinha um pouco mais de dez anos de vida, e era um fissurado por futebol e principalmente pelo Palmeiras. Eu era um garoto que chegava a chorar quando o Palmeiras perdia, e por vezes ouvia minha avó falar baixinho, "Não conta para o Rafa que o Palmeiras perdeu". Eu só queria ver o verdão jogar, e o rádio foi meu grande companheiro entre 2000 e 2001.

Quem olha para o passado do Palmeiras, logo vai encarar o fato de que o time alviverde ficou muitos anos sem ganhar nenhum troféu, uma época em que chamamos de nos ade fila palmeirense. Mas se engana quem acha que o verdão possuía equipes ruins ou não apareceu nenhum bom jogador. Aqueles tempos eram tão difíceis que mesmo quando tínhamos uma boa equipe, o Palmeiras escorregava em alguma situação e perdia uma final de campeonato, amargando mais uma temporada sem ganhar nada. Nos anos de escuridão, havia um jogador que vestia nossa camisa verde com orgulho, sendo um talento em meio a tantos bagres. O seu nome? Jorginho Putinatti.

Não podemos deixar de dar os parabéns para a equipe de scout do Palmeiras, que a dois anos atrás conseguiu encontrar Richard Rios perdido no Guarani, jogando um ótimo campeonato Paulista, sendo assim contratado pelo Palmeiras. Quando chegou, muitos desconfiavam do que ele poderia nos apresentar, mas acabou evoluindo muitos nos últimos anos, sendo um volante habilidoso, que sabia marcar, mas também armar e driblar muito bem os adversários. Após a Copa de clubes não teve jeito, Richard Rios acabou sendo vendido ao Benfica. Aplaudido por muitos, mas também chamado por peladeiro por tantos outros, o colombiano vai nos deixar saudades?

Falar sobre melhores jogadores acaba se tornando algo muito pessoal, em que cada um tem a sua opinião. Aqui nessa lista quero falar dos melhores jogadores que assisti vestindo a camisa do Palmeiras. Mas quero afirmar que não vou falar dos melhores da histórias, mas apenas daqueles que consegui assistir jogando, de um período de 1993 até 2025, que é até onde vai a minha memória palmeirense. Mais do que dados, aqui eu falo sobre memórias afetivas, em um ranking apenas elegido por sentimentos. 1-) Edmundo Nunca escondi, virei palmeirense por conta do camisa sete que vestia aquela camiseta com o patrocínio da Parmalat. Em um inicio de década de noventa em que o São Paulo era a equipe que mais aparecia na mídia por conta das conquistas da Libertadores e Mundial, o Palmeiras não era um time muito falado, vindo de um jejum de títulos. Porém, foi assistindo o animal jogar que me apaixonei pelo Palmeiras, e assim, mesmo com ele deixando o clube e até jogando no Corinthians, ainda assim, foi o m...

O time do Palmeiras seguia com sua dominância nos campos de São Paulo, ao conseguir mais um título estadual, dessa vez o de 1947, exatos três anos depois da última conquista. É importante lembrar que devido a locomoção por todo o Brasil e também por conta das rivalidades locais, o campeonato Paulista era visto como algo muito importante, trazendo assim um status importante para os clubes vencedores. Uma curiosidade é que a conquista de 1947 acabou ficando marcada como o primeiro título do lendário treinador Oswaldo Brandão, um dos treinadores lendários de nossa história.

Antes de tudo, a torcida não precisa chorar e ficar decepcionada. É normal os rivais provocarem com a velha fase de que não temos Mundial. Mas a nossa presidente Leila Pereira respondeu muito bem, ao dizer que não vivemos das glórias do passado, mas do presente. Ou seja, a maioria passou quinze dias invejando a nossa participação na Copa de clubes. Financeiramente não precisa nem falar, o retorno foi ótimo, onde Paulinho se pagou em duas partidas. É mais dinheiro em caixa, além dos olhares de vários países estarem e cima dos nossos atletas para uma possível venda, que apesar de ser chato para nós torcedores, nem sempre é ruim. Mas vamos falar de nível técnico?

Novamente esses ingleses vestidos de azul, que mesmo vestindo a camisa branca, ainda me traz recordações do último mundial de clubes, quando perdemos para eles por uma infelicidade ou falta de sorte. Mas parece que torneios mundiais e Palmeiras vem sempre acompanhando de uma dose de azar, com as coisas sendo decididas nos detalhes. Infelizmente, sempre pior para nós. No jogo em que finalmente Estevão apareceu, o Palmeiras não venceu. Como torcedor, não estava tenso, apesar de acreditar que poderíamos sair como vencedores, ainda mais com o torneio mostrando possibilidades de se chegar a final. Mas perdemos, nos detalhes, mas também por falta de criatividade. Leu isso senhor Abel Ferreira?

De novo o Botafogo. Nos últimos anos temos disputado títulos com o clube carioca. Em um ano arrancamos e tivemos uma virada sensacional, já no outro, perdemos nos detalhes o título nacional. Mas sinceramente? O Botafogo não é rival, nunca me tirou o sono. Quando penso neles, eu penso apenas em vitória. Também não gosto do Textor, presidente do alvinegro carioca, que montou um time de empresários. Deixando tudo isso de lado meu amigo, é um mata--mata, e em partidas assim, temos que dar a vida. Abel Ferreira conseguiu fazer essa mensagem entrar a mente dos seus atletas, conseguindo assim apagar a péssima partida contra o Inter Miami. Aqui contra o Botafogo, o Palmeiras foi Palmeiras.

A base do Palmeiras é fora do comum, e já no Brasil coleciona títulos. Mas fora do país também temos conquistado troféus, sendo o último deles vencido na Holanda, o famoso ICGT Tournment, que reune equipes com a categoria Sub-20, jogando com diversos clubes do mundo. Buscando sempre desenvolver atletas, a base palmeirense possui diversos times, seja para disputar torneios nacionais ou internacionais. É a chance que os garotos possuem para mostrarem suas habilidades e vontade de vencer. Pelo terceiro ano seguido o Palmeiras é campeão do ICGT Tournment, vindo assim a serem tri campeões do campeonato realizado na Holanda.