Richard Rios, peladeiro e bom jogador se despede

Não podemos deixar de dar os parabéns para a equipe de scout do Palmeiras, que a dois anos atrás conseguiu encontrar Richard Rios perdido no Guarani, jogando um ótimo campeonato Paulista, sendo assim contratado pelo Palmeiras. Quando chegou, muitos desconfiavam do que ele poderia nos apresentar, mas acabou evoluindo muitos nos últimos anos, sendo um volante habilidoso, que sabia marcar, mas também armar e driblar muito bem os adversários. Após a Copa de clubes não teve jeito, Richard Rios acabou sendo vendido ao Benfica. Aplaudido por muitos, mas também chamado por peladeiro por tantos outros, o colombiano vai nos deixar saudades?

Sinceramente, quando Richard chegou na equipe, não entendi muito bem como o Palmeiras enxergou algo bom em um volante vindo do Guarani. E olha que assisti o jogo no Paulistão entre os dois times, mas não vi nada demais no atleta. Bem, é por isso que não trabalho como scout não é mesmo? Essa acabou sendo uma das melhores negociações para o Palmeiras, que acabou comprando um atleta por 7 milhões, mas vendeu por 30 milhões. Além disso, Abel Ferreira conseguiu desenvolver o jogador, tanto que Rios acabou vindo a ser uma das peças mais importantes da seleção da Colômbia. Richard passou por momentos de alegria, mas também por turbulência dentro do time alviverde, tanto que nervoso, fez um gol e mandou a torcida calar a boca. Rapidamente ele percebeu e logo pediu desculpas aos torcedores. De fato, Rios é diferenciado, ele faz coisas que um jogador comum não faz, ele sempre busca algo novo, passa o pé em cima da bola, arrisca o drible, e isso nos fará falta. Essas características do colombiano vem por causa de sua base feita no futsal.

O que mais me irrita no volante, e também em boa parte da torcida, é a procura de Rios por sempre querer fazer algo a mais, em locais de campo que não precisa. Digo, dribles desnecessários, quando apenas um chutão na bola já bastava. Nessa temporada, os jogos em que não vencemos o Corinthians aconteceu por conta do preciosismo de Rios, que perdeu a bola dando contra ataque para nossos rivais. Quando o colombiano pegava na bola perto da defesa, já me dava medo. Ao meu ver, Rios tinha que ser camisa dez, armador, espetando a defesa adversária. É assim que ele joga e se destaca na Colômbia. Mas no final, ele vai fazer falta ao Palmeiras? Sim, vai, mas ao meu ver, é uma venda que nos fará bem financeiramente, em um setor que podemos trazer um substituto. Se torna um ídolo? Não sei se chaga  a tanto, mas será sempre lembrado por ter feito parte de uma geração vencedora do Palmeiras. Para mim, ele é uma boa lembrança de como Valdivia jogava, saindo de fora da caixinha e tentando algo diferente. Que o colombiano tenha sorte no Benfica, torcerei por ele, e se caso um dia voltar ao Brasil, que se lembra de suas raízes verdes.