Nosso Verdão

O maior rival do Palmeiras é o Corinthians, disso não podemos negar. Temos diversas histórias contra nosso rival, seja ela positiva e em outras negativas. Um dos fatos recentes mais interessantes desse confronto foi quando o derby foi disputado no interior de São Paulo, mais precisamente em Presidente Prudente, no famoso estádio Eduardo José Farah, conhecido pelo nome de Prudentão. Nos anos noventa os dois times já haviam se enfrentado, com duas vitórias palmeirenses e um empate. Mas os jogos mais inesquecíveis do clássico no Prudentão acabou sendo mesmo a partir dos anos dois mil, com três partidas muito emocionantes.

Não é possível, toda vez é a mesma coisa. A cada vez que eu estou assistindo uma partida do Palmeiras e temos um penal, a primeira sensação não é de alegria. Claro, eu comemoro, mas em seguida já fico na expectativa de que o jogador vai perder a batida. Não importa quem vai cobrar o penal, não importa o momento, todo palmeirense acha que não vai ser gol. Isso também acontece de forma contrária. Weverton é um ótimo goleiro, mas não é bom defendendo penalidades. Quando ele agarra um, é milagre, comemoração e euforia, pois é algo raro. Começo a achar que não é algo técnico, mas um fator emocional que abala os jogadores.

Você já assistiu uma partida em um celular? Algo comum nos dias de hoje, não é mesmo? Na vida corrida, cheia de compromissos, uma espiada no jogo em meio a uma festa ou em algum outro lugar social acontece. Assistir o Palmeiras no celular já virou rotina para mim, ainda mais agora que tenho uma bebê em casa e uma esposa que não gosta muito de futebol. Por forças maiores, de não acordar minha mulher que dormia no sofá durante a partida entre Red Bull Bragantino e Palmeiras, recorri ao celular e está tudo bem. Momento de ganhar três pontos e disparar na tabela. Mas logo contra o chato Bragantino? Pois é.

Quando era criança, o time que me fez tornar-me palmeirense foi o da temporada 93/94, que vestia aquela linda camisa verde com listras brancas, com o patrocínio da Parmalat. Sei de cada membro daquele time e de como jogavam, e não tem se esquecer do zagueiro Cléber, apelidado de Clébão, devido a sua força física e atuando como um verdadeiro zagueiro, que pega a bola e chuta para frente, que chega junto do atacante, não da espaço. Ou seja, Cléber era um zagueiro como um defensor devera ser, sendo um xerife da zaga palmeirense dos anos noventa.

A batalha entre Palmeiras e São Paulo ganhou um novo capítulo da história entre os rivais no estadual dessa temporada, quando vimos os dois times tendo que lutar pelo título de campeão paulista. Em 1944, o campeonato estadual teve onze times participantes. O sistema de disputa foi o mesmo dos últimos anos, com um sistema de turno e returno, em que a equipe que marcasse mais pontos seria declarada a campeã. A equipe alviverde se mostrou bastante solida, terminando a competição com 15 vitórias, 2 empates e apenas 3 derrotas.

Não são todas as vezes que vou em estádio assistir um jogo do Palmeiras. Bem, para falara a verdade, são poucas vezes que vou por ano, seja por conta do alto valor financeiro ou pela data em que o jogo acontece. Ainda assim, assisto o time jogar, sinto, me emociono e passo por todas as emoções que uma partida nos proporciona. Pensando nisso, quero trazer crônicas pessoais acerca de partidas que assisto e o que sinto em muitas delas. Começo por um clássico, a partida contra o São Paulo que foi em Barueri. Assisti em um celular, enquanto olhava minha filha e acompanhava como o time atuava.

Temos mais um nome lendário que se sentou na cadeira principal de comando do Palmeiras, que acabou vivendo o período do auge da segunda Academia, com dois títulos nacionais, mais conquistas estaduais e por fim o último troféu do Palmeiras antes do jejum de títulos. Porém, com muitas coisas estranhas do futebol brasileiro, o nosso clube também viveu algumas delas, como por exemplo o fato de Paschoal ficar seis anos como presidente do clube, muito a mais daquilo que estatuto permitia. Mas como vieram títulos, ninguém reclamou disso.

Nunca escondi que o motivo que me fez virar palmeirense foi ver Edmundo jogar. O atacante camisa sete era habilidoso e briguento, não fugia do confronto. Com uma carreira cheia de polêmicas e gols, o atacante é um dos ídolos de nossa história. Sendo um dos jogadores que fizeram parte do elenco que quebrou o jejum de títulos, Edmundo tem muito carinho da torcida palmeirense. Nesse texto vamos nos lembrar de grandes momentos do craque com a camisa do verdão. 1-) Protagonista da conquista do Brasileirão 1993 O camisa sete já estava adaptado ao clube, havia ganho o Paulistão e o Rio São Paulo na mesma temporada, levando a torcida a se enlouquecer com seus gols. Mas o melhor ainda estava apor vir, com a conquista do torneio nacional contra o Vitória. Edmundo foi o principal artilheiro do time na competição, terminando o Brasileirão marcando 11 gols. Na final a primeira partida teve vitória palmeirense por 1 a 0. Na segunda partida no Morumbi o craque Edmundo decidiu, marcando o seu gol gol,...

Existem jogadores que chegam quietos, parece que não vão ser grandes no clube, mas conseguem um desempenho excelente e marcam o seu nome dentro do clube. Esse é o caso de Moisés, que teve uma ótima passagem pelo Palmeiras, usando a camisa dez na década de dois mil, armando e criando as jogadas vencedores de suas duas conquistas nacionais pelo verdão. Jogando de maneira cadenciada, achando jogadores em situação de gol, além de ter ótimo chute, fizeram com que Moisés deixasse o seu nome na memória de muitos torcedores.

Já escrevi no meu primeiro texto aqui do blog que não da para explicar para um não palmeirense o que é torcer para o nosso clube. Escolher o verde não se explica, apenas se vive e se sente. Geralmente escolhemos o time que iremos torcer quando ainda somos crianças e a influência pode vir de qualquer lugar. Isso pode vir de algo externo, quando o time esta bem e aparece em tudo. É sempre bem mais fácil torcer para quem esta ganhando. Mas na maioria das vezes a escolhe vem por parte dos pais, que insistem para que o filho seja igual a eles. Agora que tenho uma filha de um ano, tenho uma missão, levar ela a ser palmeirense. 

Para muitas pessoas, falar sobre esse título é um motivo de vergonha, pois não querem colocar em sua história um troféu que seja assim inferior. Mas não acho correta a desvalorização da conquista, pois a vergonha vem no ano anterior, quando o rebaixamento acontece. Porém, já na disputa da Série B, são atletas que estão ali buscando a conquista e o acesso, dando assim o seu melhor. Em 2003, o Palmeiras conquistava a segunda divisão nacional pela segunda vez, tendo em seu elenco nomes como do atacante Vagner Love, grande revelação da equipe, do goleiro Marcos, o atacante Diego Souza, o lateral Lucio, os volantes Marcinho Guerreiro e Magrão e o lateral Baiano.

A base palmeirense segue em sua jornada ao redor do mundo, com nossas Crias da Academia sempre sendo convidada a participar dos torneio em que jovens jogadores são apresentados e desenvolvidos. No último mês o Palmeiras participou da Generation Cup, um torneio de categoria de base, do Sub-18, organizado pela marca Adidas, com diversos times, principalmente os da MLS. Com o clube alviverde participando, começamos disputando a primeira fase, mas por não nos classificarmos, acabamos disputando a chave Premier do torneio.