Palmeiras de pai para filha
Já escrevi no meu primeiro texto aqui do blog que não da para explicar para um não palmeirense o que é torcer para o nosso clube. Escolher o verde não se explica, apenas se vive e se sente. Geralmente escolhemos o time que iremos torcer quando ainda somos crianças e a influência pode vir de qualquer lugar. Isso pode vir de algo externo, quando o time esta bem e aparece em tudo. É sempre bem mais fácil torcer para quem esta ganhando. Mas na maioria das vezes a escolhe vem por parte dos pais, que insistem para que o filho seja igual a eles. Agora que tenho uma filha de um ano, tenho uma missão, levar ela a ser palmeirense.
Eu tenho dois irmãos, e os dois torcem para o rival Corinthians, muito por conta de influência do pai, apenas por seguirem o mesmo time dele, já que nenhum dos meus irmãos entendem sobre futebol ou sabem quem são os atletas. Eu falhei como irmão mais velho? Poderia ter levado eles a serem palmeirenses? Sim, mas nunca me esforcei para isso. Apesar da minha paixão pelo verdão, quando eles eram crianças a fase não era boa. Também não estava eu mesmo na melhor motivação ara isso acontecer. Sabe como é, um jovem com tantas coisas para fazer não vai ficar perdendo tempo em levar irmãos a torcerem para o mesmo time. O que pude oferecer foi apenas o fato deles me verem torcendo em casa, mas pelo jeito não foi suficiente. Tudo bem, sempre gostei deles serem corintianos, para termos uma rivalidade futebolística em casa, alguém para zoar ou ser zoado e menos de um metro de distância.
Agora com um filho é diferente, o pai tem uma missão. Transferir um legado, fazer de tudo para ter um aliado em casa. Desde já aviso, não quero que minha filha seja uma fanática por futebol, que queira ir para estádio e viver uma vida profunda com o Palmeiras. Quero que ela saiba para quem torce, que goste de assistir e torça. Tudo a mais que isso pode começar a ser algo perigoso emocionalmente. Mas bem, são escolhas e ela saberá o que é melhor a ela. Da minha parte, dei opções de escolha. Minha filha poderá escolher o verde ou o branco, nada mais que isso. Meu trabalho já começou, pois, meu primeiro presente a ela foi um body infantil do Palmeiras, conforme a foto desse texto. A cada vez que visto a camisa do time, mostro o símbolo a ela, falo Palmeiras, canto uma música da organizada e ela sorri. Bom começo, boa menina. A cada gol em um jogo passando na televisão e a regra é a mesma, sempre digo "Gol do Palmeiras". A cada semente lançada vamos construindo uma palmeirense, passando assim um coração verde, um presente de pai para filha. E em breve quando crescer vai entender que apenas um palmeirense não pode explicar a outra pessoa o que é ser palmeirense.
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