Crônica- Palmeiras x Flamengo(Final Libertadores da América 2025)
Uma final de Libertadores começa muito antes do apito inicial. Começa nas noticias durante a semana, nos pitacos dos jornalistas e a preparação para a partida. Eu mesmo procurei me afastar de tudo isso, para não gerar ansiedade. Não assisti nada, não vi analises, a não ser do lado palmeirense, e procurei me afastar dessa final. Consegui passar ileso durante todos os dias antes da final da Libertadores. Mas o bichinho da ansiedade me pico na sexta-feira, quando me lembrei que no dia seguinte teria uma final, a mais importante do ano. É o jogo que muda tudo. Pronto, comecei a pensar demais, comecei a ter aflição e dor de barriga. Sim, meu final de ano dependeria da atuação de onze milionários correndo atrás de uma bola.
No dia do jogo, já pela manhã, não teve jeito, eu só pensava na partida e o que seria daquele fim de tarde. Qual time jogaria? Paulinho teria chances de entrar? Conseguiríamos enfrentar o Flamengo de igual para igual? As esperanças eram enormes, a expectativa alta e a confiança estava no pico. Poderiamos ser o primeiro tetra campeão da América no Brasil. Um jogo desses não da para se ver sozinho, é preciso uma galera, é preciso bagunça, é preciso ter alguém para dividir, seja o sentimento bom ou ruim. Jogos como esse não saem da memória, criam laços com nossas emoções e com aqueles que assistem conosco. Decide que veria com meu amigo Bruno, um companheiro de jogos palestrinos por tantas vezes, com quem vi tanto as quartas como as semi finais dessa Libertadores. Ao sair de casa disse a minha esposa que estava saindo de casa tri campeão, mas que retornaria tetra campeão. Desculpe amor, isso não aconteceu. Bem, a culpa não é minha, mas dos atletas de verde que não conseguiram dar um único chute ao gol flamenguista. Aqui começa a minha revolta, com a escalação do Abel, com os jogadores e com a forma que o time se comportou dentro de campo.
Posso te falar uma coisa? Que elicia uma final de Libertadores. Aquele frio na barriga, aquele quase gol, aquele susto. Vale a pena cada segundo, apesar de todas as fortes emoções que vivemos ao longo do confronto. Quando a bola começou a rolar, a raiva começou a aparecer. O time não conseguia trocar passes, não conseguia criar jogadas de gol, e pior, me assustava a cada lance do Flamengo. O chute de Samuel Lino quase me infartou, achei que seria gol deles. No primeiro tempo só deu Flamengo, e eu via apenas um Vitor Roque brigando pela bola, mas pouco conseguia fazer sozinho. Quem também esteve conosco vendo o jogo foi o Carlão, outro amigo com quem já vi partidas tanto no estádio como pela televisão. O anfitrião era o pai do Bruno e o seu filho mais novo também estava por lá. Todos aflitos, todos na esperança de um gol. O segundo tempo foi mais travado, e jogos assim são decididos nos detalhes e erros. Infelizmente, o erro dessa vez foi nosso. Khelvin, um lateral que guardarei raiva para sempre, deixou uma bola que estava no pé dele ir para escanteio. N cobrança, um branco na defesa, e Danilo, zagueiro do Flamengo, fez o gol. O jogo acabou ali, já que por mais que tentássemos algo, nada saia. Vitor Roque ainda quase marcou, mas Danilo tirou a bola. O fim foi trágico, meus amigos sem reação ao meu lado, meu telefone tocando com zuação dos rivais e a visão de um time que nada tentou, esperou por algo, e esse algo nunca veio. Foi frustrante, o ano, a final, o time. Chega, futebol agora só em 2026!

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