Jorge Mendonça, craque Pós-Academia

O atacante foi um dos grandes do futebol brasileiro, tendo bastante habilidade e poder de finalização, sendo um dos grandes atletas que vestiram a camisa alviverde. Começando no futebol nordestino, Jorge Mendonça começou jogando pelo Bangu, para depois se destacar no time do Náutico. O atacante chegou ao Palmeiras em 1976, vindo a jogar no clube por cinco temporadas, vivendo uma época após a segunda Academia. Jogando pelo clube paulista, Mendonça chegou a ser convocado pela seleção brasileira, deixando até mesmo Zico no banco de reservas. Pelo Palmeiras, o atleta participou de 219 jogos, marcando 103 gols em sua trajetória.

Podemos dizer que Jorge Mendonça foi o ídolo pós Academia que conseguiu ganhar um título pelo clube, seno o último antes do grande jejum de títulos que viria para o clube. O ano de estreia do atacante foi muito bom, e ele já começou marcando gols importantes, inclusive no clássico contra o Corinthians. Aliás, uma curiosidade, Mendonça gostava muito de fazer gol contra nossos rivais corintianos. Uma outra boa característica do jogador era a sua habilidade em cobrar faltas. No seu ano de estreia, veio um troféu, o do campeonato Paulista de 1976. No torneio estadual daquele ano o Palmeiras foi muito dominante, com um bom elenco, ganhando clássicos e jogos importantes. Na final do campeonato contra o XC de Piracicaba, os torcedores palmeirenses lotaram o Parque Antarctica, e puderam ver Jorge Mendonça fazer o gol do título do verdão.

Após um primeiro torneio fulminante, em que Mendonça terminou com 18 gols no Paulistão, os anos a seguir apenas mostravam que ele era um jogador diferente no cenário nacional, sendo escolhido o craque do ano em 1978, quando os comandados do Telê Santana foram até o Maracanã e aplicaram uma sonora goleada contra o Flamengo do Zico, em que inclusive o atacante deixou a sua marca, balançando as redes. O seu belo ano foi recompensado, pois o atleta foi convocado para a Copa do mundo de 1978, e só não jogou em 1982 por implicância de Telê Santana. Após o título de 1976, nem mesmo Jorge conseguiu conduzir o Palmeiras de volta aos triunfos do passado, começando assim os difíceis anos da fila palmeirense. O jogador deixou o clube em 1980, mas marcou uma geração carente de novos ídolos, sendo um representante da lista de grandes craques que vestiram a camisa verde do nosso clube.