Dudu Olegário, verdadeiramente um palmeirense

Quando falamos sobre a Academia de futebol do Palmeiras, logo nos lembramos da segunda, que ganhou muitos títulos relevantes para o clube, possuindo uma espinha dorsal muito forte, composta por Ademir da Guia, César Maluco, o goleiro Leão e por fim Dudu, que era quem comandava o meio campo, sendo um volante que sabia tanto conduzir como também marcar os adversários. Dudu é um dos símbolos do Palmeiras, sempre colocado entre os gigantes da equipe, ganhando até mesmo um busto no Parque Antárctica, um rara homenagem para poucos atletas na história do clube. O volante sempre foi aguerrido, brigador e muito preciso no desarme, um ótimo camisa cinco.


Dudu disputou doze temporadas pelo Palmeiras, sendo o terceiro jogador que mais vestiu o mato alviverde na história, com mais de seiscentas partidas em sua conta. Para quem não sabe, o volante era um dos melhores volantes de sua geração, chegando a disputar a Copa do mundo de 1974 pela seleção brasileira, após ótimo desempenho em seu clube brasileiro. Dudu começou a sua carreira jogando no Ferroviária, uma equipe do interior paulista, onde participou do elenco por cinco anos, chamando a atenção palmeirense em 1964, quando foi contratado pelo gigante da capital. Apesar do talento, ele só foi garantir presença no time titular a partir de 1965, formando assim a famosa segunda Academia do Palmeiras, que jogava como música, com passes precisos e ótimo controle de jogo através de seus jogadores habilidosos. Os títulos passaram a ser conquistados e uma coleção passou a fazer parte da galeria do Dudu, que conquistou o torneio Rio-São Paulo em 1965 e o campeonato Paulista de 1966. Para delírio dos rivais, também conquistou dois torneios nacionais em 1967, a Taça Brasil e o Roberto Gomes Pedrosa.

Quando a década de setenta começou, Dudu já era um dos grandes nomes do futebol nacional, começando assim a ter espaço na seleção brasileira, passando também a vencer títulos ainda mais relevantes pelo Palmeiras. Primeiro veio o bi campeonato do Brasileiro, quando ele foi um dos principais jogadores da conquista de 1972 e 1973. Pelo torneio estadual, o Paulistão, que era um dos mais importantes e difíceis do Brasil, vieram mais duas conquistas, de 1972 e 1974. Um lance curioso aconteceu na final de 74 contra o Corinthians. Dudu se colocou na barreira e levou uma bolada no rosto no chute de Rivelino. O volante desmaiou e saiu de campo, mas retornou para ficar na barreira em nova cobrança do meio campista corintiano. A sua aposentadoria veio em 1976, quando Dudu já estava com trinta e seis anos. Com a aposentadoria veio uma nova etapa em sua vida, quando ele assumiu o cargo de treinador do Palmeiras, onde foi campeão Paulista de 1976. Por fim, Dudu jogou 615 partidas pelo Palmeiras, tendo marcado 29 gols pelo clube.

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