Djalminha, a arte e a habilidade

Anos noventa foram os anos de domínio da Parmalat no futebol brasileiro, com o Palmeiras voltando a ser campeão e tendo sua equipe favorita em todos os campeonatos. Foi nesse contexto que o Parque Antarctica teve um dos seus melhores camisa dez da história, chamado Djalminha. Após ser revelado pelo Flamengo, o polemico jogador teve suas confusões ainda garoto jogando na gávea. O jogador então se destacou jogando pelo Guarani, formando um trio talentoso com Amoroso e Luisão. Com tanto destaque, a Parmalat aproveitou a oportunidade e contratou Djalminha em 1995. A sua estreia acabou sendo só em 1996 e permaneceu por uma temporada, mas deixou grandes lembranças na memória dos palmeirenses.


Assistir Djalminha jogar era um prazer, pois o meio campista era muito habilidoso e técnico, fazendo jogadas espetaculares. O camisa dez conseguia unir a habilidade com uma ótima visão de jogo, colocando os atacantes na cara do gol. Em sua primeira temporada ele fez parte do elenco estelar dos 100 gols do campeonato paulista de 1996. Um time que jogava por música, contando com Rivaldo, Muller, Luisão, entre outros. Djalminha citou várias vezes que esse o melhor time que ele já jogou, onde eles já entravam na partida sabendo que iriam ganhar, a dúvida só seria saber de quanto seria, Apesar disso, tudo durou muito rápido, mas Djalminha ainda permaneceu para disputar o campeonato brasileiro. Me lembro de alguns lances fantásticos dele, como por exemplo as cobranças de pênalti. Muito antes de Neymar, o craque Djalma já fazia a sua paradinha, ou então apenas rolava a bola bem devagar, fazendo a famosa cavadinha. O jogador também era muito cabeça quente, e em um ano de clube colecionou seis expulsões. Ainda com lembranças do craque, era comum o meio campista cobrar faltas bem rápidas, fazendo assim gol de cobertura, sobrando apenas a reclamação do goleiro adversário.

Apesar de curta, a passagem de Djalminha pelo clube alviverde foi marcante, tanto que é comum as pessoas colocarem o nome dele na lista dos melhores meio campistas do Palmeiras. O seu único título pelo verdão foi o campeonato paulista de 1996, onde a equipe venceu sem nenhuma ameaça e muito domínio técnico. Uma frustração foi a perca da Copa do Brasil, onde o time acabou perdendo a final para o Cruzeiro, em um jogo bem atípico. Ainda assim, Djalminha em um ano de time jogou noventa partidas, marcando cinquenta gols, além de conseguir cinquenta e seis vitórias dentro do clube. O seu aproveitamento vencedor pelo Palmeiras é muito alto e por isso o seu nome acabou ficando marcado na memória dos torcedores. O jogador ainda fez um ótimo campeonato nacional naquela temporada, o que fez com que times de fora viesse a olhar para ele com bons olhos. Djalminha foi vendido em 1997 para o La Coruña da Espanha, onde teve grandes temporadas, quase indo para duas Copa do mundo, mas por problemas de comportamento, acabou ficando de fora dos torneios mundiais pela seleção. Acredito que Djalminha poderia ter sido maior do que foi, mas o que fica na mente são as lembranças de lindas jogadas e de como o camisa dez palmeirense tratava a bola com tanta habilidade.

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