Alex, o camisa dez da minha adolescência

Me tornei palmeirense no inicio dos anos noventa e pude acompanhar grandes craques vestindo a camisa palmeirense, mas foi no final daquela década que me tornei fã de um dos melhores meias que já vestiram a camisa verde. Falo de Alex, que chegou muito garoto no clube, conquistou títulos importantes e saiu deixando saudades para os torcedores. Quando Alex estava em campo coisas diferentes aconteciam. Muitos diziam que era sonolento, que sumia em momentos do jogo. Mas para mim ele foi um dos melhores, colecionando lances decisivos e marcando seu nome na história da sociedade esportiva Palmeiras.


Alex chegou ao Palmeiras com apenas vinte anos de idade, vindo do Coritiba em 1997. O time alviverde tinha um elenco forte e o treinador era Felipão, que vendo o talento do garoto começou a lhe dar oportunidades. Sendo assim, logo em seu primeiro ano, Alex foi vice campeão brasileiro. No ano seguinte, 1998, vieram os primeiros títulos, como da Copa do Brasil e da Copa Mercosul, onde ele foi destaque da equipe, marcando gols em quase todos os jogos do torneio. O camisa dez não era de ficar correndo sem parar, mas jogava mais com a cabeça, correndo na hora certa, sendo especialista em deixar companheiros na cara do gol, além de ser um ótimo finalizador. Foi em 1999 que sua carreira alavancou de verdade, com a conquista da Libertadores da América, sendo decisivo nas partidas contra o Vasco e principalmente contra o River Plate, em uma atuação perfeita. O seu bom ano lhe rendeu convocações para a seleção brasileira, onde participou da Copa América 1999 e Olimpíadas 2000.

Como já era de se esperar, o Palmeiras começou a receber propostas por Alex e a cada ano ficava mais difícil de segurar o craque. Ainda em 2000 era possível velo jogando muita bola, onde ele foi essencial para a conquista do Torneio Rio-São Paulo. O camisa dez jogou 230 partidas pelo Palmeiras, marcando um total de 73 gols. Alex teve grandes atuações na Libertadores da América contra o Boca Juniors na La Bombonera, e fez um gol de placa no Morumbi, dando chapéu em dica do Rogério Ceni. Tendo uma parceria com a Parmalat, o time italiano do Parma trouxe ele para jogar na Itália, mas houve diversos problemas, levando Alex a retornar ao Brasil, jogando de forma emprestada no Palmeiras em dois períodos, em 2001 e em poucas partidas de 2002. Apesar de ter uma carreira de sucesso no Palmeiras, não tem como deixar de pensar que se ele tivesse permanecido no clube teríamos muito mais conquistas naquela complicada década de dois mil. A torcida palmeirense sempre teve muito carinho pelo camisa dez, que retribuiu tudo isso com gols e títulos.

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