Edmundo, o animal
Para mim, falar sobre o Edmundo é falar sobre uma época de ouro do Palmeiras, pelo menos para mim, já que Edmundo foi um dos motivos que me levaram a ser palmeirense. O craque honrou por muitos anos a camisa número sete, e teve duas passagens pelo clube. Em uma de suas partidas, o narrador Osmar Santos lhe deu o apelido de Edmundo o animal, devido a sua garra, força, habilidade e postura dentro de campo. Edmundo era briguento, tanto contra os rivais como também contra aqueles que eram do seu time, inclusive treinadores. Mas nada disso tira dele o posto de uma das lendas que já vestiram a camisa verde, ganhando títulos e marcando muitos gols.
Vindo do time do Vasco, o atacante se mostrou muito promissor, se destacando e conseguindo até mesmo convocação para a seleção brasileira. A Parmalat teve bons olhos com o atleta e o contratou no ano de 1993, e a vida do atacante mudou completamente. Já em seu primeiro ano de clube, nos primeiros meses, conseguiu ajudar o time a quebrar o jejum de títulos, na vitória contra o Corinthians na final do campeonato Paulista. Era só o inicio, pois naquele mesmo ano ainda vieram o troféu do torneio Rio-São Paulo e depois o campeonato Brasileiro, com Edmundo marcando gol na primeira partida da final, novamente contra o Vitória. Sendo artilheiro do Palmeiras em 1993, ele também conquistava a Bola de Prata do Brasileirão. A primeira passagem do carque foi turbulenta em seu final, colecionando brigas, afastamentos e também títulos, repetindo a dobradinha com mais um campeonato Paulista e mais um Brasileiro. Também foi inesquecível as brigas dele em um clássico contra o São Paulo, que era para ter sido o clássico da paz.
Edmundo deixou o Palmeiras no ano de 1995 pela primeira vez, com a promessa de participar do ataque dos sonhos do Flamengo, junto com Sávio e Romário. A torcida palmeirense ficou muito brava com ele, chegando até chamá-lo de traidor. Nos anos seguinte acompanhávamos o animal de longe, jogando em outros times, mas sempre havia aquela possibilidade de retorno ao Parque Antarctica. Mas isso aconteceu apenas em 2006, depois de 11 anos e com um contrato de rendimento. Edmundo recuperou o seu status de ídolo, seguiu marcando gols importantes e fez da sua segunda passagem um misto de respeito, despedidas e gols. O animal formou uma dupla sensacional junto com Valdivia, e um dos seus grandes momentos foi em um clássico contra o Corinthians, onde jogou demais. Com suas duas passagens pelo time alviverde, Edmundo fez 223 partidas, conseguindo marcar 99 gols, colecionando cinco troféus para sua galeria enquanto vestiu a camisa verde. Mesmo sem se aposentar no Palmeiras, Edmundo sempre foi considerado um ídolo do clube, por tanta entrega, marcando uma geração de garotos, que assim como eu, se tornaram palmeirenses por causa do craque.
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