As Crias da defesa
Quando o mês começou, já havia um planejamento de que o paraguaio Gustavo Gomez estaria servindo sua seleção pela Copa América. O que ninguém contava era que Luan estaria de saída do clube e que Murilo iria vir a se machucar. Em meio a esse cenário, o Palmeiras teve que apostar nos meninos da base para assumir a defesa do time. Começamos com Naves, que já algum tempo vem mostrando o seu valor na equipe, ganhando cada vez mais espaços. Com um começo promissor, Naves acabou tendo algumas falhas, deixando parte da torcida desconfiada. No clássico contra o Corinthians tivemos que apostar em Vitor Reis junto com Naves, para enfrentar o nosso maior rival.
O que esperar quando dois jovens precisam mostrar valor logo em uma partida sendo um derby paulista? Alguns ficaram preocupados, enquanto outros não sabiam o que esperar. Pois bem, os dois garotos mostraram que dão conta do recado, em uma vitória por 2 a 0 contra o rival, sem sustos na nossa defesa. Para termos uma ideia, o ponta corintiano Wesley foi ter oportunidade de boa jogada em lance de drible contra o Marcos Rocha, não contra nossas Crias. Particularmente, Naves é um defensor que ainda não me traz confiança, mas acredito que isso acontecerá com o tempo, pois é nítido que ele possui talento. Por outro lado, não sabia o que esperar de Vitor Reis, que acabou entrando na partida contra o Fortaleza e logo em seguida já encarou o clássico. O interessante é que ambos jogadores disseram que não sentem pressão contra o Corinthians, pois já estão acostumados a lidarem contra o rival desde a base.
Naves já conhecemos bem, pois vem acompanhando o time desde o último ano, sendo um jogador preparado por Abel Ferreira para esse momento. Vitor Reis é o nome da vez, conseguindo carimbar o seu nome na equipe, pois acabou marcando um gol de cabeça contra o rival. Se surpreende quem acha que isso é algo novo, pois de fato não é. Para quem não sabe, Vitor Reis é um zagueiro artilheiro dos tempos de Crias da Academia, já tendo marcado trinta e três gols em um único campeonato, quando ainda jogava no meio de campo. Vitor acabou liderando uma geração que era composta por Endrick, ao ser o xerife e capitão do Palmeiras. Nos vestiários também era o garoto que puxava as preleções motivacionais. Se Naves foi o primeiro zagueiro da base a conseguir se desatacar devido ao talento e força, Vitor Reis era o que garantia que Estevão, Endrick e Luis Guilherme pudessem atacar, pois ele garantia as coisas na defesa. Com uma dupla tão talentosa de zagueiros, o Palmeiras fica ainda mais forte. Que eles possam se preparar e estarem prontos para em breve assumirem as vagas de Murilo e Gomez.
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