Palmeiras, Supercopa e o sofrimento nos pênaltis

Quando o Palmeiras chegou para o jogo da Supercopa contra o São Paulo, com certeza o time alviverde chegava bem melhor do que no ano anterior, quando ganhamos do time do Flamengo. Dessa vez o clássico seria contra o São Paulo, e depois de tantos anos, tínhamos novamente duas torcidas paulistas em um estádio. O Mineirão viu uma aula de arquibancada da Mancha verde, que levou dezenas de ônibus para Belo Horizonte acompanhar o verdão. Temos que ser sinceros, e muito difícil ganhar da equipe do Abel Ferreira nos noventa minutos, mas por outro lado a sinceridade continua por parte desse que vos escreve. O Palmeiras precisa ser estudado, porque não consegue ganhar uma decisão por pênaltis. 


Começamos bem melhor, dominando a partida, mesmo jogando com três zagueiros, a nova teimosia do Abel Ferreira. o São Paulo conseguiu equilibrar a partida, com uma boa chance no chute de Nikão, mas com uma bela defesa de Weverton. O que dizer do nosso goleiro? Ele é criticado por não pegar pênaltis, e sim, infelizmente é verdade, mas falamos disso mais tarde. Mas no tempo normal, com a bola rolando, ele pega demais. No segundo tempo, mesmo sendo um erro do próprio Weverton, o São Paulo teve uma chance clara com Callieri, a melhor da partida, mas o goleiro consertou o erro com ótima defesa. A defesa palmeirense é muito boa, difícil de passar a bola com defensores tão bons como Gustavo Gomez e Murilo. O nosso problema mesmo é na frente, no setor ofensivo. Rony teve bela chance no inicio, com um chute surpresa defendido por Rafael. Raphael Veiga tentou de cabeça e a boa passou perto. O nosso camisa dez infelizmente não apareceu. Não teve criatividade, não chutou, não armou, não fez nada. Sem o talento do Veiga as coisas ficaram mais difíceis.

Na segunda etapa o atacante Flaco perdeu um gol que da para ser feito, quase gritamos gol. Abel Ferreira parece não ter muita paciência, e pela terceira vez em coletiva, pegou no pé do argentino. Falando do nosso treinador, acho que o português não foi bem de novo, assim como não tinha sido na Libertadores do último ano contra o Boca Juniors. Ele tirou Mayke, que estava jogando muito, e também tirou o Flaco, o único atacante referencia. Pior foi quem entrou. Jhon Jhon pode ter potencial, mas não tem condições dele entrar em uma partida como essa, pois não tem poder de decisão. Aliás, a nossa base ainda não provou seu valor, pois Luis Guilherme também entrou e não teve um lance de ataque ou perigo. Os dois garotos da base nunca fizeram um gol pelo time profissional, mesmo já atuando pela equipe principal desde a última temporada. Como o zero a zero, o pior viria nos pênaltis. Perdemos de novo, com Weverton não acertando um canto, e com erros na cobrança de Murilo e Piquerez. É inacreditável que não conseguimos vencer uma disputa por pênaltis. Com Abel, só vencemos uma vez decisão assim. Enfim, a perca da Supercopa não pode ser uma terra arrasada ou crise no Palmeiras. Mas temos que observar que coisas precisam ser ajustadas, tanto nos jogadores como também em Abel Ferreira, que merece elogios quando ganha, mas questionamentos quando perde.

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