Anos noventa, para ser mais detalhado, 1993. Foi um grande ano para o Clube, foi quando enfim a fila de títulos teve fim, logo em cima do rival Corinthians, na final do Campeonato Paulista. Eu ainda tinha apenas seis anos, mal sabia que o Palmeiras estava assim a tanto tempo sem levantar um troféu. Pois é, me lembro de ver o Palmeiras ser campeão Paulista, ainda mais após a cena marcante do atacante corintiano Viola imitar um Porco no primeiro jogo da grande final. Ainda assim, a cena que mais me marca é a final do Brasileiro de 1993 contra o Vitória. Comemorei junto pulando em cima da cama, gritando que o meu time era campeão. Minha família nunca entendeu o fato de ser o único da família a ser palmeirense. Além de achar a camisa linda, o time tinha Edmundo, o animal. E assim segue nosso texto.
Edmundo era o grande nome do Palmeiras naqueles anos, um jogador que era incrível, extremamente talentoso, mas que por outro lado possuía um temperamento explosivo. O craque da camisa 7 foi o jogador que mais me encantou, por quem torci bastante durante anos. Quando me lembro de Palmeiras me lembro de Edmundo. Se me perguntassem quem foi o melhor jogador do Clube eu diria que foi o camisa 7. Era comum vermos Edmundo brigando com treinador e sendo afastado do time, mas também era comum ver grandes jogos do atacante. Me lembro de partidas dele contra o São Paulo, tanto pela briga como por lances sensacionais. Como criança nunca entendi o motivo dele ter saído do clube, e entendi menos ainda quando o vi com a camisa do Corinthians. Ainda bem que durou pouco, pois logo ele estava jogando no Vasco. Ainda assim nunca perdi a admiração pelo jogador e sempre torci para que ele estivesse bem em seus jogos. Acredito que Edmundo era para ter sido muito maior do que foi, se não fosse seu temperamento e decisões erradas.
Parecia que não teria um retorno, mas que grata surpresa quando em 2006 ele voltou a jogar pelo Palmeiras. Uma grande alegria, parecia que o craque encerraria sua carreira pelo clube, e era muito comum vê-lo chorando em diversas partidas, parecendo ser uma despedida. Me lembro da famosa encarada dele em Tevez em um clássico contra o Corinthians e também de ótimas jogadas dele com um ainda jovem Valdivia. Sim, o animal estava de volta ao Parque Antárctica, e mesmo sem títulos foi legal vê-lo marcando gols pelo time verde. Edmundo foi sim o meu jogador favorito, em uma época onde ainda era comum vermos jogadores estarem associados a clubes por um tempo maior. O camisa 7 foi meu ídolo da infância, e até hoje digo que ele foi um dos melhores que eu vi jogar. Claro, não sou louco para dizer que ele foi o melhor que vi, mas emocionalmente coloco o animal no topo, tanto pelo Palmeiras como pela alegria de ter um jogador como ele no time. Explosivo, driblador, goleador e palmeirense por opção, esse era Edmundo, autor de 99 gols pelo Clube. E esse foi meu recorte de sua participação pelo verdão, e o quanto significou para um pequeno palmeirense.
Comentários
Postar um comentário